Os concursos da Bee Breeder encorajam reações inovadores e conceituais a serem cobradas em situações arquitetônicas. O ultimo concurso pediu aos participantes que considerassem as aplicações (e implicações) de materiais caros de um dos materiais de construção mais proeminentes do mundo: o concreto. Descrito por Bee Breeders como uma “manifestação poética” se de suas partes constituintes, o concreto foi a base de formação do Rome Concrete Poetry Hall.
A presença do novo edifício multiuso em Roma exige uma consciência das influências históricas do entorno do terreno. Uma condição posterior foi a escavação do solo, referência ao passado arqueológico de Roma. De acordo com Bee Breeders, o júri favoreceu aqueles projetos que abordaram “ações espaciais, materiais, estruturais, conceituais e culturais desta ciência expansiva do edifício”.
PRIMEIRO LUGAR - ROME CONCRETE POETRY HALL
Gino Baldi e Serena Comi | Itália
A proposta vencedora do primeiro lugar utiliza uma abordagem subtrativa para a escavação do subsolo, deixando apenas algumas entradas sob o terreno, por onde os pedestres podem ter um vislumbre do que se há embaixo. Ao descer pela rampa por uma destas entradas, o visitante começa um percurso entre uma série de espaços que, eventualmente, culminam num grande auditório.
Esta composição de puras tipologias espaciais – o percurso, a abóbada e a cúpula – é analisada e implementada para emoldurar o plano terrestre, em vez de da esfera celestial. Através do ato de enterrar, estas formas arquitetônicas familiares são transformadas, criando um espelho abstrato sob as ruas da cidade. Pelo “santuário” subterrâneo os arquitetos são capazes de se libertar das obrigações do objeto arquitetônico.
Leia a entrevista inteira com os vencedores aqui.
SEGUNDO LUGAR - ROME CONCRETE POETRY HALL
Sergey Korobkov, Alexey Yakushev, Evginy Korobskoy e Andrey Tsyplakov | Rússia
A proposta vencedora do segundo lugar subverte as associações tradicionais do concreto - material e massa – para extrair as capacidades formais inerentes da substância. Ao “explorar monolítico” do concreto e sua efetiva forma esférica e espiral, um objeto arquitetônico forte, internalizado, é formando.
A esfera sob o solo é entrelaçada com torções espirais com a dupla função de elemento de circulação e divisão de espaços. A funcionalidade da planta do pavimento é aprimorada pela espira e sua forma labiríntica permite que ela seja totalmente ocupada. A presença continua e estratificada das espirais alude a “constante descoberta de mundos escondidos na medida que o visitante vai descendo”.
Leia a entrevista inteira com a equipe que ficou com a segunda colocação aqui.
TERCEIRO LUGAR - ROME CONCRETE POETRY HALL
Eveline Lam e Dave Holborn | Canadá
A proposta vencedora do terceiro lugar assumiu o contexto existente para criar uma narrativa estratificada, entrelaçando o terreno com novas sequências espaciais. Na medida que o esquema é desdobrado, ele atua como um espaço de transição entre a praça e o Poetry Hall. Valores históricos e arqueológicos são adicionados ao projeto ao conectar o terreno ao seu contexto de Roma.
A proposta permite com que a praça retenha sua orientação tipológica como um objeto térreo e o novo Poetry Hall forma um elemento subterrâneo. Formado com camadas e mais camadas de concreto estratificado do teto para baixo, o espaço se torna de outro mundo e poético. O percurso do espaço público ao domínio subterrâneo é aprimorado por pequenos pontos de encontro ao longo do caminho, permitindo que o visitante possa parar e refletir.
Leia a entrevista inteira com a equipe que ficou com a terceira colocação aqui.
MENÇÕES HONROSAS
Olivia Kate Peel, Craig Nener
Kyra Swee Yew Yong, Stephan Shen Yizhe
Michele Fumagalli, Andrea Tommaso Abbado, Andrea Toccolini
Jaime Campos Verdeguer, Maria del Carmen Figueroa Hernandez
Morpho Papanikolaou, Rena Sakellaridou, Despoina Pouniou, Constatinos Moustakas
Han Kwon, Suk Lee, Jieun Youn
Para mais informações sobre cada um dos vencedores e menções honrosas, confira o site do concurso.
Via Bee Breeders